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Eliana Machado

   Olá a todos. Bem-vindos à página da Escritora Eliana Machado.  Alguns de vocês já me conhecem um pouco porque vieram visitar esta página, outros ainda não me conhecem. Permitam-me que eu me apresente na ordem dos acontecimentos. 

   Sempre vivi com a cabeça no mundo do faz de conta. O quintal onde eu mais gostava de brincar era o palco. De pequena, eu acompanhava meu pai a um lugar mítico onde ocorrera meio século antes a Semana de Arte moderna, o teatro Municipal de São Paulo, e onde ele ganhava o nosso pão de cada dia cantando ópera. Enquanto ele trabalhava, eu ficava na coxia assistindo o vai e vem dos artistas. E quando precisavam de crianças para figuração, então eu também virava personagem. No labirinto do subsolo do teatro, eu flanava por estreitos corredores, espreitando dentro dos camarins aquele universo barroco habitado por atores maquiados à ultranza e vestidos com roupas anacrônicas; sonhava às vezes em ser como uma daquelas sublimes bailarinas, que se pavoneavam dentro dos seus tutus, ou como um dos músicos da orquestra sinfônica, que para uma criança tocavam instrumentos tão extravagantes como fagotes, contrabaixos e tubas. 

   Das coxias da infância, passei à literatura na adolescência. Comecei a escrever pequenas histórias, provavelmente  impulsadas pela leitura reiterada de duas coleções díspares presentes na nossa biblioteca: Antologia Ilustrada do Folclore Brasileiro e Contos e Lendas dos Irmãos Grimm. A maioria dessas minhas produções incipientes se perderam durante as mudanças de moradia da família ou simplesmente foram jogadas no lixo pela minha mãe, cuja boa intenção era evitar a proliferação de traças e baratas em casa. Estes foram os meus primeiros “leitores”. Na última mudança dos meus pais, descobri que nem todos os papéis do passado haviam sido reciclados, salvou-se um diploma de honra ao mérito recebido num concurso  promovido pela Secretária de Educação quando eu tinha dez anos de idade. O trabalhado laureado versava sobre o meio ambiente, que já naquela época ocupava os meus pensamentos. Da prosa, passei à poesia. Aos dezesseis anos um poema meu foi lido em uma das rádios locais. Tratava-se de uma espécie de réquiem à minha amiga de infância, morta tragicamente.

   No final da adolescência, outro dos meus passatempos favoritos, além de escrever, era ler biografias de autores brasileiros famosos. Maravilhavam-me os percursos de cada um deles, tanto seus êxitos quanto seus fracassos. Foi naquela época que aprendi que seria missão quase impossível ganhar a vida sendo escritor de profissão.

   Antes de formar-me em letras, espanhol, português e russo pela Universidade de São Paulo (USP), eu já dava aulas de português e de espanhol no ensino público e privado. Recebi várias bolsas de estudos de governos estrangeiros, mas foi a da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) que me levou a Madri em janeiro de 1993. Foi assim que eu vim parar na Europa. Do país do Dom Quixote mudei-me para o do Victor Hugo, onde me doutorei em Literatura. Em 2004, passei num concurso público na França e me tornei professora de francês e de espanhol. No ano seguinte, comecei a lecionar no Principado de Mônaco, onde estou até hoje. 

   Concomitante ao trabalho de professora, comecei a traduzir romances brasileiros até que resolvi que já era mais do que hora de eu publicar as minhas próprias produções. De lá pra cá, entre prosa e poesia publiquei 7 livros, que vocês terão, sem dúvida, a curiosidade de conhecer, e participei de inúmeros salões tanto nos Estados Unidos quanto na Suíça, passando evidentemente pelo Brasil. Alguns deles são acessíveis a partir desta página. Recebi vários reconhecimentos pelo meu trabalho em prosa e em poesia, entre eles  o prêmio de Melhor Autor Estrangeiro (2014) da União da Imprensa Francófona de Mônaco e o Prêmio Excelencia Literária (2016) da União Hispanomundial de Escritores (UHE). Lancei-me como editora em 2015, publicando uma antologia poética bilingue, francês-espanhol, de seis poetas sulamericanos contemporâneos.  

   Desde aqueles meus tempos de criança, sigo com a cabeça metida no mundo do faz de conta, pois como dizia Baudelaire:

   "La faculté de rêverie est une faculté divine et mystérieuse; car c'est par le rêve que l'homme communique avec le monde ténébreux dont il est environné."
                                                                          (Charles Baudelaire, Les Paradis artificiels, 1860.)

 

   "A faculdade de sonhar é uma faculdade divina e misteriosa; pois é através do sonho que o homem se comunica com o mundo tenebroso que o cerca”. (BAUDELAIRE, tradução nossa)."

Prêmio Excelencia Literária 2016 da Unión Hispanomundial de Escritores (UHE).

11°  Lugar no Concurso de Contos Fantásticos 2016 da Editora Fragmentos com “A união faz a ponte”.

2° Lugar no Concurso Corujão das Letras 2015 com o conto “Formigas Aladas”, Rio de Janeiro.

Menção Honrosa no “IV Concurso de Poesia 20 de Outubro” -2016- da Academia de Letras, Artes e Música de Ituiutaba com o poema “Esqueleto”.

Menção Honrosa no “Concurso Metacantos 2015” de poesia da Editora Literacidade com o poema “Poeta em Nova Iorque”.

 

Prêmio Melhor Autor Estrangeiro 2014 da Union Internationale de la Presse Francophone de Mônaco.



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